Fortaleza Feminino: Tetracampeão Cearense 2025 em Ano Histórico

O Fortaleza alcançou o ápice no Campeonato Cearense Feminino de 2025. Na última terça-feira, dia 25, no tradicional Estádio Presidente Vargas, as atletas do Leão do Pici superaram o Ceará em uma disputa de pênaltis, vencendo por 4 a 3 após um empate sem gols no tempo regulamentar. Este triunfo não apenas garantiu o desejado tetracampeonato estadual, mas também selou um ano verdadeiramente notável para a equipe feminina, que já havia conquistado o acesso à Série A1 e o título da Copa Maria Bonita.

A Batalha Tática do Clássico-Rainha: Domínio e Frustração

A primeira etapa do Clássico-Rainha foi marcada por um controle evidente das Leoas. A equipe tricolor ditou o ritmo do confronto, mantendo a posse de bola e projetando-se constantemente no campo adversário. Aos oito minutos, Eduarda Balbino tentou uma finalização de longa distância que, embora potente, não encontrou o alvo. Pouco depois, aos nove minutos, um incidente preocupante: Michele Carioca, a artilheira histórica do Ceará, sofreu um forte choque com duas jogadoras leoninas e Paulinha, do Ceará, necessitando ser substituída por Girlane, alterando precocemente a estratégia alvinegra.

Com o passar do tempo, especialmente após a marca dos 30 minutos, as reclamações em relação à arbitragem intensificaram-se por parte de ambos os lados. Aos 42 minutos, Paulinha, do Ceará, arriscou um chute de longe, prontamente defendido pela goleira Lorrana, do Fortaleza , sem maiores dificuldades. Contudo, foi nos acréscimos que o Fortaleza esteve mais perto de inaugurar o placar: um cruzamento vindo da esquerda encontrou Jhow na pequena área, que cabeceou no travessão, com a defesa alvinegra afastando o rebote.

Apesar do claro domínio territorial e da posse de bola por parte do tricolor, as oportunidades claras de gol foram escassas. O Ceará, por sua vez, demonstrou uma postura mais cautelosa, raramente conseguindo transpor a linha do meio-campo de forma efetiva durante os primeiros 45 minutos do embate decisivo.

Impasses e Oportunidades Perdidas no Segundo Tempo

O panorama da partida não se alterou significativamente na segunda etapa. O confronto manteve-se truncado, com o Fortaleza persistindo em suas investidas, principalmente pelas laterais, com Jhow sendo uma figura constante no lado direito. Aos oito minutos, Natália, em uma finalização de primeira na entrada da área, exigiu uma defesa espetacular da goleira Maiara, do Ceará, que impediu o que seria o primeiro gol tricolor.

A quantidade de faltas cresceu consideravelmente, fragmentando o jogo e diminuindo seu ritmo. Aos 20 minutos, em um contra-ataque bem articulado pelo Fortaleza , Natália serviu Eduarda Balbino em posição promissora, mas a camisa 9 finalizou diretamente na goleira Maiara, desperdiçando uma chance clara. Pouco depois, aos 24 minutos, uma nova oportunidade de contra-ataque foi interrompida por um toque de mão de Jady, gerando protestos das Leoas que pleiteavam a aplicação da vantagem. Em seguida, mais uma investida tricolor: Talita executou uma cobrança de falta com maestria, acertando o travessão e protagonizando uma das melhores chances da etapa final.

Na reta final do jogo, as comissões técnicas optaram por realizar substituições, buscando oxigenar suas equipes e, simultaneamente, evitar riscos desnecessários que pudessem resultar em um gol sofrido. Tal estratégia concentrou o embate ainda mais no meio-campo, selando o destino da decisão para a temida disputa por pênaltis.

O Drama dos Pênaltis: Sangue Frio e a Consagração das Leoas

Com o placar inalterado em 0 a 0 após o tempo normal, a decisão do título foi para os pênaltis. A tensão era palpável no Presidente Vargas, mas as Leoas demonstraram resiliência e precisão, garantindo o título.

A sequência de cobranças foi marcada por momentos de euforia e apreensão. Enquanto Kethilyn e Girlane converteram para o Ceará, Andressa Anjos e Alê perderam suas tentativas. Pelo Fortaleza , Leidiane, Tefah, Isabella e Eduarda Balbino demonstraram frieza para balançar as redes, garantindo a vitória por 4 a 3 e a celebração do tetracampeonato. Este desfecho não só confirma a hegemonia do Fortaleza no cenário estadual feminino, mas também solidifica a equipe como uma potência em ascensão no futebol nacional, coroando um ciclo de conquistas memoráveis em 2025.