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Fortaleza: Empresário Preso por Injúria Racial Contra PM Consegue Liberdade Provisória
Por Redação FutFortaleza em 13/12/2025 18:06
Um episódio de injúria racial, desacato e resistência chamou a atenção em Fortaleza na madrugada do último sábado, 13 de abril. Um homem foi detido em flagrante, acusado de proferir uma série de ofensas de cunho racista contra um policial militar. O incidente ocorreu na movimentada avenida Pontes Vieira e culminou na prisão de Adailton Alves de Araújo, que agora enfrenta as consequências legais de seus atos.
A ocorrência que desencadeou a sequência de eventos teve início por volta da 1h19min, quando agentes da Polícia Militar foram acionados para atender a um chamado de violência doméstica. Ao chegarem ao local, os oficiais se depararam com o autuado, que, segundo o Auto de Prisão em Flagrante (APF), demonstrava sinais evidentes de embriaguez ou alteração, tentando invadir a viatura policial.
A tentativa de Adailton de adentrar o veículo policial foi prontamente impedida. Contudo, a situação escalou rapidamente. "Ao ser repelido, passou a desacatar a composição com xingamentos (?arrombados?, ?passa fome?)", conforme descrito na decisão da audiência de custódia. Os insultos mais graves, de natureza racista, teriam sido proferidos após o suspeito já ter recebido voz de prisão, quando teria xingado um dos PMs de ?preto?, ?macaco?, ?nego filho da p?? e ?nego covarde?.
Detalhes da Prisão: Ofensas Racistas e Resistência em Fortaleza
A resistência à prisão não se limitou às agressões verbais. O documento judicial aponta que Adailton ?ainda resistiu fisicamente à prisão, sendo necessário o uso da força, o que resultou em escoriações descritas no Laudo Pericial (...)?. Diante do quadro, o indivíduo foi conduzido ao 2º Distrito Policial (2º DP), onde formalmente autuado pelos crimes de injúria racial, desacato e resistência à autoridade.
Posteriormente, na audiência de custódia, a Justiça concedeu a Adailton a liberdade provisória. Esta decisão, no entanto, veio acompanhada de uma série de medidas cautelares que o empresário deverá cumprir. A imposição de tais condições visa garantir a ordem pública e a continuidade do processo legal, mesmo com o réu respondendo em liberdade.
As medidas cautelares estabelecidas pela juíza Elizabeth Santos Vale Rodrigues incluem:
| Medida Cautelar | Descrição |
|---|---|
| Comparecimento Mensal | Apresentação à Central de Alternativas Penais (CAP) |
| Período de Cumprimento | Durante três meses consecutivos |
A Decisão Judicial: Liberdade Provisória e As Razões da Magistrada
A juíza Elizabeth Santos Vale Rodrigues fundamentou sua decisão de conceder a liberdade provisória em diversos fatores. Entre eles, destacou que o autuado é réu primário e possui apenas um registro de medidas protetivas que já se encontra definitivamente arquivado. Além disso, foi comprovado que Adailton possui residência fixa e exerce uma atividade lícita como empresário, elementos que contribuíram para a avaliação favorável.
Um aspecto adicional considerado pela defesa e pela magistrada foi o uso de medicamentos controlados por parte do suspeito. A combinação desse tratamento com o consumo de álcool, conforme relatado, "pode ter influenciado em seu descontrole comportamental, sem, contudo, afastar a ilicitude do ato". A análise judicial, portanto, ponderou as circunstâncias do incidente sem eximir o acusado da responsabilidade pelos crimes cometidos.
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