Fortaleza: Empate Amargo, Ofensividade Nula e Alerta de Paiva na Libertadores

O Fortaleza não conseguiu sair do empate sem gols diante do Vélez Sarsfield, em confronto válido pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores, disputado nesta terça-feira. A partida, realizada na Arena Castelão, culminou em vaias por parte da torcida presente, expressando a insatisfação com o desempenho da equipe.

A performance aquém do esperado foi prontamente abordada pelo técnico Renato Paiva, que não poupou críticas à postura ofensiva do time. Ele enfatizou que a equipe não conseguiu impor seu ritmo e criar oportunidades claras, algo que se tornou um ponto de preocupação após o embate contra o adversário argentino.

A Análise Contundente de Renato Paiva sobre a Performance Ofensiva

Em sua avaliação pós-jogo, Paiva destacou a estratégia defensiva do Vélez, mas ressaltou a incapacidade do Fortaleza de se adaptar e quebrar as linhas adversárias. ?Jogo típico de Libertadores. Eles vêm jogar no nosso erro, jogaram fechados. Não fomos uma equipe ofensiva como gosto, não giramos a bola. Tudo pela postura do adversário. Nos faltou ofensividade pelas laterais. Não foi uma grande exibição ofensiva?, declarou o treinador, sinalizando a necessidade de ajustes urgentes.

A falta de dinamismo na movimentação da bola e a ineficácia pelas laterais foram pontos cruciais apontados pelo comandante, que esperava uma exibição mais agressiva e envolvente por parte de seus comandados. A ausência de um volume ofensivo significativo impediu que o Fortaleza construísse uma vantagem para o confronto de volta.

O Preço das Lesões: Desfalques Agravam Cenário Tricolor

Além do desempenho tático, o jogo trouxe consigo preocupações adicionais, com as saídas forçadas de Kuscevic e Lucca Prior, ambos substituídos após sentirem dores. Para agravar o cenário, Rossetto foi expulso no segundo tempo, desfalcando ainda mais a equipe para os próximos compromissos. A série de contratempos físicos e disciplinares adiciona uma camada de complexidade aos planos de Paiva.

O treinador lamentou a situação, que compromete a capacidade de criação do time. ?Inévitável não falar das questões de criatividade. Não gosto de lamentar as ausências de jogadores. É a ausência dos três, não só de uma. E ainda sobre Kuscevic e Lucca Prior, foram substituições forçadas. Trabalhamos com cuidado, mas as lesões estão lá?, finalizou Paiva, sublinhando que as perdas não são isoladas e afetam diretamente a qualidade do elenco disponível.

A Desconexão com a Arquibancada: Pior Público e Vaias no Castelão

O resultado frustrante em campo se refletiu também na presença da torcida. A partida registrou o pior público do Fortaleza em jogos como mandante pela Copa Libertadores, com apenas 27.955 espectadores. Esse número contrasta com o público anterior mais baixo, que havia sido contra o Colo-Colo, na vitória por 4 a 0, quando 30.595 torcedores compareceram. A diminuição da presença e as vaias ao final do jogo demonstram uma crescente insatisfação da arquibancada com as performances recentes do time.

Para ilustrar a queda no comparecimento, observe a comparação dos públicos:

O Caminho Espinhoso: Próximos Desafios do Leão

O próximo encontro entre Vélez e Fortaleza está marcado para a terça-feira, 19 de julho, às 19 horas (horário de Brasília), no Estádio José Amalfitani, na Argentina. Um novo empate levará a decisão para os pênaltis, enquanto uma vitória simples garante a classificação para as quartas de final. Antes disso, o Fortaleza tem um compromisso crucial pelo Campeonato Brasileiro da Série A.

No sábado, 16 de julho, o Leão do Pici viaja ao Rio de Janeiro para enfrentar o Fluminense, às 16 horas, no Maracanã, pela 20ª rodada da competição nacional. A equipe se encontra atualmente na zona de rebaixamento, ocupando a 17ª posição com 15 pontos, o que adiciona ainda mais pressão sobre o elenco e a comissão técnica para reverter o cenário desfavorável nas duas frentes de disputa.