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Fortaleza e o Dilema dos 33 Contratos: Reconstrução na Série B

Por Redação FutFortaleza em 09/12/2025 11:15

A realidade da Série B impõe ao Fortaleza um cenário de profunda reavaliação. Com o descenso confirmado no Campeonato Brasileiro, o clube do Pici se vê diante de uma complexa equação: um vasto contingente de 33 atletas com vínculos contratuais estendidos, no mínimo, até a temporada de 2026. Essa conjuntura exige uma imediata e minuciosa reformulação no departamento de futebol, visando não apenas o enxugamento da folha salarial, mas também a adequação de todo o planejamento à nova e mais modesta realidade da Segundona.

Analisando o elenco que concluiu a Série A sob o comando de Martín Palermo, um número reduzido de apenas cinco atletas não possui compromisso formal com o Leão. Entre eles, os zagueiros Gastón Ávila e Lucas Gazal, e o volante Pierre ? estes três sob regime de empréstimo, com a ressalva de que o meio-campista tem sua aquisição projetada pelo clube. Complementam essa lista os atacantes Marinho e Yago Pikachu, cujos acordos se encerram em breve.

Excluindo, portanto, este seleto quinteto, a totalidade do plantel que disputou o Brasileirão mantém seus vínculos com o Fortaleza por um período mínimo de mais um ano. A distribuição por setores revela a magnitude deste compromisso, conforme detalhado na tabela a seguir:

O Elenco Sob Contrato: Um Raio-X Detalhado

Posição Jogadores sob Contrato (até 2026)
Goleiros 5
Zagueiros 4
Laterais 5
Volantes 7
Meias 4
Atacantes 8
Total 33

A extensão dos compromissos contratuais é um ponto de atenção. O jovem atacante argentino Tucu Herrera se destaca com o vínculo mais duradouro, estendendo-se até junho de 2030. Outros nomes relevantes, como Kuscevic, Mancuso, Rodrigo, Pablo Roberto e Breno Lopes, também possuem acordos de longa duração, com validade até 2028.

Impacto Financeiro e Reformulação Necessária

Diante deste panorama, a diretoria do Pici se verá compelida a realizar negociações estratégicas. A arrecadação através de vendas de atletas torna-se imperativa para mitigar os impactos financeiros do rebaixamento. Adicionalmente, a readequação orçamentária exigirá a liberação de contratos de alto custo, bem como o desligamento de jogadores cujo desempenho técnico não atendeu às expectativas, independentemente da duração de seus vínculos.

A iminente reformulação do elenco e da estrutura do futebol tricolor está condicionada, em grande parte, às decisões sobre a permanência ou saída de figuras-chave: o CEO da SAF, Marcelo Paz, e o técnico Martín Palermo. A definição de seus futuros será o ponto de partida para as movimentações no mercado e a redefinição dos rumos do clube na próxima temporada.

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