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Fortaleza de Renato Paiva: Análise Tática e Comportamental da Estreia
Por Redação FutFortaleza em 20/07/2025 08:22
O debute do técnico português Renato Paiva à frente do Fortaleza resultou em um empate por 1 a 1 com o Bahia, neste sábado (19), na Arena Castelão, pela Série A de 2025. O Leão abriu o placar com Marinho, mas viu Rodrigo Nestor igualar o marcador. Este confronto inaugural, apesar do tempo exíguo de preparação, oferece os primeiros vislumbres do que pode ser a nova era no Pici, conforme as observações iniciais desta colunista.
É crucial sublinhar o caráter embrionário dessas percepções. Uma única partida, precedida por apenas dois dias de trabalho, não permite conclusões definitivas, mas sim uma análise do ponto de partida.
A Reação em Campo: Nova Atitude do Leão
Apesar de uma escalação que replicou, em grande parte, as formações utilizadas por Vojvoda em jogos recentes, a postura do time em campo exibiu uma transformação notável. Longe da apatia ou da baixa intensidade frequentemente observadas, o elenco demonstrou uma conexão palpável com a partida. A marcação alta, a pressão incessante na saída de bola adversária e a vitória em inúmeros duelos individuais evidenciaram um espírito de luta renovado. Este é, sem dúvida, o aspecto mais relevante do empate por 1 a 1 contra o Bahia. Se tal mudança decorre diretamente da influência de Renato Paiva ou representa uma resposta interna do grupo, permanece uma questão em aberto. Contudo, essa combatividade é um pilar indispensável para qualquer processo de recuperação.

Oscilações Táticas e o Desafio Psicológico
A primeira etapa do Fortaleza pode ser categorizada como positiva. O time exerceu pressão sobre o Bahia, conseguiu a vantagem no placar e exibiu solidez defensiva. O contraponto surge na volta do intervalo: uma retração excessiva, denotando uma postura de quem busca apenas defender o resultado. Essa estratégia convidou o adversário para o jogo, culminando no gol de empate em um momento em que o Fortaleza se mostrava inferior. Na coletiva pós-jogo, Paiva atribuiu essa queda ao aspecto psicológico dos atletas, enfatizando que o recuo não partiu de sua orientação. O ponto positivo a ser destacado é a capacidade da equipe de não se abalar com a igualdade, mas sim de ser despertada por ela. O time então se reorganizou, corrigiu a postura e construiu oportunidades para vencer, com lances promissores de Adam Barreiro e José Herrera.
Agilidade nas Mudanças: O Banco como Solução
O desempenho do Fortaleza na maior parte do segundo tempo foi insatisfatório. Diante disso, Renato Paiva não hesitou em acionar o banco de reservas com celeridade. Aos 22 minutos, realizou uma substituição tripla, introduzindo Martínez, Mancuso e José Herrera. Posteriormente, aos 38 minutos, foi a vez de Adam Bareiro e Pikachu entrarem em campo. Assim, todos os reforços ofensivos contratados na janela de transferências, incluindo o então titular Matheus Pereira, finalizaram a partida em campo. A pronta resposta às dificuldades do jogo por meio das substituições, com escolhas que denotam proatividade, pode indicar uma característica marcante desta nova comissão técnica e um caminho a ser explorado.
Na coletiva de imprensa, Renato Paiva forneceu detalhes acerca da principal orientação tática que o Fortaleza recebeu para sua estreia sob seu comando. As observações iniciais, portanto, apontam para uma equipe com potencial para maior combatividade e uma comissão técnica disposta a intervir rapidamente no fluxo do jogo, ainda que as oscilações de desempenho exijam atenção contínua.
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