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Acidente em Terminal de Cargas do Aeroporto de Fortaleza: Entenda a Polêmica da Segurança
Por Redação FutFortaleza em 02/12/2025 12:24
Um episódio preocupante marcou o Terminal de Cargas Doméstico do Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, no último domingo, 30. Por volta das 17h30min, um funcionário terceirizado, com mais de 50 anos de idade, sofreu um acidente ao conduzir um trator. Segundo relatos, o veículo se partiu ao meio durante a operação, resultando em ferimentos no peito do operador, atingido pela direção, e nos joelhos, que colidiram com o solo.
A gravidade do incidente imediatamente acendeu um alerta para as condições de trabalho e a qualidade dos equipamentos utilizados nas operações aeroportuárias. A segurança dos trabalhadores, um tema de constante debate, volta à tona com este evento que poderia ter consequências ainda mais sérias, exigindo uma análise aprofundada das responsabilidades envolvidas.
Condições de Equipamento: A Denúncia do Sindicato
O Sindicato dos Aeroviários do Ceará (Sindaero-CE) não hesitou em apontar a causa do acidente, direcionando a culpa para a precariedade dos equipamentos. Em uma declaração contundente, o Sindaero-CE afirmou que "a causa do acidente é equipamento sucateado". Esta acusação levanta sérias dúvidas sobre as políticas de manutenção e investimento em frotas de trabalho essenciais para o funcionamento seguro de um terminal de cargas.
O veículo envolvido pertence à Dnata, uma multinacional que presta serviços de ground handling para diversas companhias aéreas. A alegação do sindicato coloca a empresa em uma posição delicada, exigindo uma resposta clara e transparente sobre o estado de seus ativos operacionais e o compromisso com a integridade física de seus colaboradores.
Dnata Contesta e Esclarece Situação do Operador
Em resposta às acusações e para esclarecer o ocorrido, a Dnata comunicou que uma equipe especializada em segurança e manutenção de equipamentos está investigando o caso para determinar as causas exatas do incidente. A empresa buscou tranquilizar sobre a condição do operador, que, segundo ela, está empregado há três meses em suas operações.
A Dnata informou que o funcionário "está de folga devido à escala de hoje e retomará suas atividades normalmente na sequência". Complementando, a empresa fez questão de enfatizar a ausência de lesões graves, declarando: ?O funcionário está em perfeito estado de saúde, sequer tendo sido necessário afastamento por qualquer lesão. Fez exames ontem que não identificaram qualquer lesão sofrida. Não existe sequer atestado médico necessário. Ele não foi arremessado do equipamento ou jogado?.
Padrões de Segurança e Manutenção: A Versão Corporativa
A Dnata também defendeu rigorosamente seus procedimentos de segurança e conformidade operacional. A companhia afirmou que fornece todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) obrigatórios de forma pontual para cada função. Além disso, destacou que implementa programas de segurança, treinamentos contínuos, processos de atendimento a emergências e realiza manutenções rigorosas, sempre em conformidade com as especificações dos fabricantes.
A empresa reforçou sua posição como líder global em operações de ground handling, assegurando que segue padrões de qualidade e segurança estabelecidos internacionalmente. Essa declaração busca reafirmar o compromisso da Dnata com a segurança, colocando em perspectiva a alegação do sindicato e a necessidade de apuração detalhada dos fatos.
Por fim, a Fraport Brasil, concessionária do Aeroporto de Fortaleza , manifestou-se ao O POVO, reiterando que, desde que assumiu a gestão do aeroporto, tem investido na modernização das áreas operacionais. Esses investimentos, segundo a Fraport, visam aprimorar a estrutura, a sinalização e, consequentemente, a segurança de todos os colaboradores que atuam no local.
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